As informações sobre o chat estão em documentos internos obtidos pelo site The Intercept. Eles mostram planos da empresa para criar uma rede social interna. Nesta plataforma, funcionários poderiam dar Shout-Outs uns aos outros — “shout-out” é um termo para designar um agradecimento ou elogio. Seria uma forma de reduzir o desgaste e fomentar a felicidade entre trabalhadores. A empresa, porém, parece estar preocupada com o que chama de “lado negativo das mídias sociais”, como diz o documento. Uma sugestão foi criar uma plataforma que só permite interações um a um, como o Bumble, e não em fórum, como o Facebook. Outra recomendação foi monitorar automaticamente palavras “ruins” — e é aqui que a coisa começa a ficar mais estranha.
Rede interna bloqueia “aumento de salário”
O monitoramento automático impedira o uso de palavrões e xingamentos, mas não só isso. A lista contém palavras ligadas a condições de trabalho, formas de organização e temas controversos. Entre os termos, estão:
union (sindicato);pay raise (aumento de salário);compensation (pagamento);ethics (ética);unfair (injusto);freedom (liberdade);diversity (diversidade);representation (representação);plantation (sistema de produção agrícola baseado em mão de obra escrava que existiu no continente americano);committee (comitê);coalition (coalizão);bullying;harrassment (assédio);prison (prisão);petition (petição).
Entre as demandas, estão maiores salários, seguro-saúde e reembolso de gastos com educação, além de melhores condições de trabalho. Com informações: The Intercept.