Em comunicado, o Inter nega ter sofrido um ataque cibernético, dizendo que “foi vítima de uma chantagem interna e imediatamente acionou as autoridades policiais”. O caso está sendo investigado em sigilo.
Um hacker chamado “John” divulgou ao Tecmundo um arquivo criptografado de 40 GB que teria informações pessoais de 300 mil clientes do Inter. Ele diz que obteve os dados ao longo de sete meses, copiando-os depois que “um funcionário do banco foi inconsequente durante seu trabalho”. Ele teria enviado o mesmo arquivo para o banco, mas exigindo um valor não-revelado e ameaçando divulgar o caso publicamente se não recebesse o dinheiro em até 15 dias. O pagamento não foi realizado. Entre as informações, estão dados cadastrais como senha, código de segurança (CVV), e-mail, telefone e endereço. Há também documentos como CPF, RG, CNH e declaração de imposto de renda (para quem pediu aumento de limite do crédito); e fotos de cheques para compensação via aplicativo. No Twitter, a empresa diz em resposta a diversos usuários que a notícia é falsa:
— Inter (@Bancointer) May 4, 2018 No comunicado, o Inter vai além: “trata-se de notícia inverídica, com conteúdo técnico questionável e impreciso, publicada com o objetivo exclusivo de prejudicar a reputação do banco”. A empresa diz que não considerou a tentativa de extorsão como fato relevante, porque “não houve invasão e tampouco comprometimento dos sistemas de segurança”. Além de negar o vazamento, o banco diz em nota à Exame que “é crime a divulgação de ‘notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados’ a respeito de instituição financeira”. Atualizado às 17h10