Vacina contra poliomielite: entenda os riscos de não imunizar criançasFiocruz alerta para queda na taxa geral de vacinação no Brasil

Segundo relatório preliminar do grupo, a BCG, usada na prevenção de formas graves da tuberculose, é a única vacina do calendário infantil que foi aplicada em mais de 90% dos bebês com menos de um ano. No entanto, a aplicação foi desigual pelo Brasil e, no momento, Rio de Janeiro e São Paulo ainda não bateram a meta. Vale destacar que o Observa Infância é uma iniciativa voltada apara a promoção da saúde para crianças de até 5 anos, e conta com membros do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP).

Qual é a atual cobertura das vacinas em crianças?

Segundo a meta do Ministério da Saúde, o objetivo é vacinar de 90% a 95% das crianças com os imunizantes que integram o calendário infantil. A exceção é a vacina da febre amarela, já que o foco é alcançar 100% dos pequenos. No entanto, praticamente todas as fórmulas estão com cobertura menor que o esperado. Cobertura vacinal em crianças acima de 70%, mas menor que 90%:

Vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche); Poliomielite (pólio);PCV (pneumocócica);MenC (meningite C);Hepatite B;Hib (Haemophilus influenzae tipo B) ficou acima de 70%, mas ainda está longe da meta.

Cobertura vacinal em crianças menor que 50%:

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);Tetraviral (varicela, sarampo, caxumba e rubéola);Hepatite A.

No caso da vacina contra a febre amarela, a fórmula foi aplicada em 55% da população-alvo, segundo apontam os dados disponíveis até o momento.

Dá para alcançar a meta do Brasil em 2022?

É importante observar que os dados do relatório do Observa Infância foram coletados até o dia 28 de novembro deste ano. Dessa forma, até o final de 2022, as porcentagens podem sofrer alterações e algumas cidades poderão atingir a meta. Inclusive, os municípios podem finalizar os registros em 2024. No entanto, os números não devem mudar significativamente.

Queda na taxa de vacinação é tendência no Brasil

É preciso apontar que os dados de 2022 não são uma exceção nas taxas de vacinação de crianças no Brasil, conforme explica Patricia Boccolini, coordenadora do Observa Infância, em comunicado. Esta é uma tendência que pode ser observada desde 2012, e que deve ser revertida. Inclusive, a Fiocruz tem apontado para queda na taxa geral de vacinação no Brasil, ou seja, o problema vai além das crianças que não são imunizadas da forma adequada. Em 2021, a cobertura geral foi de 59,50%. Fonte: Agência Fiocruz