Q System One é o computador quântico da IBM criado para empresasVisitamos a sala de guerra da IBM que simula as consequências de um vazamento de dados

Essa orientação vale principalmente para o setor de tecnologia. Não é que a IBM esteja dizendo que as graduações não valem a pena. Diplomas de ensino superior permanecem sendo valiosos — e, em muitos casos, imprescindíveis — nos mais diversos ramos de atividade. O que Rometty quer dizer é que, se as companhias olharem apenas para os títulos acadêmicos, estarão correndo o risco de deixar de fora gente talentosa, que realmente tem com o que contribuir. Mas esse é um assunto mais delicado do que parece, pois é acompanhado de uma grande perspectiva social. Ginni Rometty participou de um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Em seu discurso, a executiva sinalizou que os avanços tecnológicos têm substituído muitos empregos, deixando boa parte da sociedade preocupada com o futuro. Ainda que não na mesma proporção em que se fecha postos de trabalho, esse cenário abre espaço para outros tipos de oportunidades, no entanto, a CEO da IBM lembrou que as tecnologias evoluem tão rapidamente que a sociedade não consegue se atualizar no mesmo ritmo. Essa situação gera um clima de descontentamento e incerteza com relação ao futuro que, no entendimento de Rometty, tem levado a movimentos extremos, como o Brexit.

Por isso, a executiva chamou atenção para a importância de as empresas tomarem partido no assunto. Como? Começando por contratar pessoas por conta de suas habilidades, e não apenas com base em títulos acadêmicos. “Estamos cercados de empresas com diplomas universitários e doutorados, mas é preciso dar espaço nesses trabalhos para todos na sociedade”, disse Rometty, levando outros empresários que acompanhavam o painel a acenar positivamente com a cabeça. É claro que essa é uma questão cheia de nuances. Carga de trabalho e salário são fatores que não podem ser deixados de lado, por exemplo. Todavia, o discurso de Rometty condiz com o que a IBM pratica: a companhia está entre as gigantes que priorizam experiências ou habilidades no lugar de diplomas. No Brasil, empresas como Nubank e ThoughtWorks seguem pelo mesmo caminho. Com informações: Gizmodo, Business Insider.

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