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O processo foi aberto na sexta-feira (27) pelo acionista James Kacouris. Ele diz que o Facebook não antecipou a possibilidade de haver crescimento de receita em níveis menores, além quedas nas margens de lucro e no número de usuários ativos em alguns mercados.
A ação também envolve pessoalmente o CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e o diretor financeiro, David Wehner. Segundo Kacouris, o mercado ficou “chocado” ao receber os números da empresa na quarta-feira (25). A alegação é que a queda de 19% no valor das ações em um dia – a maior já registrada em Wall Street – foi causada por “atos ilícitos e omissões” da companhia, que teria violado leis americanas de valores mobiliários. O acionista espera que o processo se transforme em uma ação coletiva e demanda uma indenização ainda sem valores definidos. Na última semana, ao apresentar o balanço da empresa, Zuckerberg disse que os investimentos em segurança fariam os lucros caírem. “Estamos começando a ver isso neste trimestre”, disse. “Nós administramos essa empresa visando o longo prazo, não o próximo trimestre”, explicou o executivo. Entre abril e junho, as despesas totais cresceram quase 50% em relação ao mesmo período de 2017, passando de US$ 4,9 bilhões para US$ 7,4 bilhões. E a tendência é que essa situação seja mantida nos próximos meses. Segundo o Facebook, as despesas deverão crescer em taxas superiores às receitas. O que ainda ajuda a companhia é o fato de o número de usuários seguir aumentando. Pela primeira vez na história, 2,5 bilhões de pessoas usaram ao menos um de seus serviços, como Messenger, WhatsApp, Instagram e o próprio Facebook. Com informações: Reuters, Washington Post.