Nova foto do James Webb mostra galáxias distorcidas em fusãoJames Webb identifica nuvens curiosas na lua Titã, de Saturno
A primeira imagem colorida do telescópio James Webb, conhecida como James Webb’s First Deep Field (“primeiro campo profundo do James Webb”, na tradução literal), continuam revelando algumas das galáxias mais distantes do universo. Agora, foi a vez de galáxias espirais vermelhas terem suas morfologias descritas. Os astrônomos já identificaram muitas galáxias espirais na imagem de campo profundo do Webb. A cor avermelhada desses objetos indica a distância e bilhões de anos-luz, remetendo a épocas não muito posteriores ao Big Bang. Entre essas galáxias, duas chamaram a atenção dos pesquisadores. Embora tenham sido descobertas antes pelo telescópio Spitzer (aposentado em 2020 pela NASA), ainda não se sabia muito sobre suas morfologias (ou seja, seus formatos) e idades. Agora, cientistas da Universidade de Waseda analisaram essas galáxias, revelando que elas estão entre as espirais mais distantes conhecidas até hoje. A análise descobriu que uma delas é uma galáxia espiral vermelha passiva (sem formação de novas estrelas) do início do universo, o que contraria que os astrônomos esperam desses objetos do início do cosmos. Essa descoberta sugere que os modelos atuais da evolução galáctica devem ser revisados. Ao se concentraram nessas duas galáxias extremamente vermelhas, chamadas RS13 e RS14, os autores do estudo descobriram que elas estão em um período conhecido como “meio-dia cósmico”, que corresponde a um período de 8 a 10 bilhões de anos atrás. Mais especificamente, a luz dessas galáxias percorreu o universo durante 8 a 10 bilhões de anos antes de atingir as lentes do James Webb. Isso significa que estamos vendo os objetos como eles eram naquela época. Galáxias espirais dessa época do cosmos são muito raras — elas representam apenas 2% das galáxias do universo local. Mas, com essa descoberta após a observação de um minúsculo pedaço do céu, a quantidade conhecida desses objetos pode ficar muito maior. Os resultados do estudo foram publicados na revista The Astrophysical Journal Letters. Fonte: The Astrophysical Journal Letters, Universidade Waseda