Na resolução, o tribunal disse confirmar “amplamente a decisão da Comissão Europeia de que o Google impôs restrições ilegais a fabricantes de dispositivos móveis e operadoras para consolidar uma posição dominante de seu mecanismo de busca”. Por meio de nota, o Google afirmou: A multa em questão foi aplicada pela Comissão Europeia há quatro anos e é considerada a maior já sentenciada na União Europeia. O Google é acusado de dar vantagens a seus próprios aplicativos, obrigando fabricantes de smartphones a pré-instalá-los. Contudo, a gigante argumenta que, no Android, os clientes têm a liberdade de escolher qual fabricante preferem, e podem substituir apps nativos por outros — coisas que, segundo o Google, não são possíveis no iOS. Para a Justiça, o modelo de negócios do Google “se baseia no aumento do número de usuários dos serviços de busca online para vender serviços de publicidade online”, enquanto a Apple foca na venda de dispositivos móveis. Em contrapartida, a companhia diz que isso faz com que a maioria de seus serviços gratuitos mantenham-se gratuitos. Ambas as partes podem recorrer da decisão no Tribunal de Justiça da União Europeia, o mais alto tribunal do bloco.
UE já multou empresa outras vezes
Engana-se, contudo, quem pensa que esta é a primeira vez que o Google recebe uma multa da União Europeia. Em 2019, a empresa foi condenada a pagar 1,49 bilhão de euros por suspeita de práticas anticompetitivas no AdSense. Na época, a Comissão Europeia entendeu que, entre os anos de 2006 e 2016, a gigante de Mountain View teria usado sua plataforma de anúncios para dificultar concorrência com serviços de anúncios rivais. Já em 2017, a companhia foi multada em 2,4 bilhões de euros por suspeita de monopólio. O serviço da vez foi o Google Shopping. Para a Justiça, mais uma vez o Google teria prejudicado concorrentes ao privilegiar certos resultados nas buscas. Com informações: The Verge, TechCrunch