A ideia surgiu formalmente há dois anos, quando o então primeiro-ministro David Cameron apresentou um projeto para garantir conexões com no mínimo 10 Mb/s para todos os cidadãos até 2020, tanto em regiões urbanas quanto em áreas rurais do Reino Unido. Com isso, o acesso à internet passaria a ser uma Universal Service Obligation, ou seja, um serviço de direito fundamental, assim como o fornecimento de água, energia elétrica e gás. Esse projeto vai mesmo ser levado adiante. A operadora British Telecom (BT) chegou a oferecer ao governo britânico investimentos de até 600 milhões de libras esterlinas para permitir que 1,4 milhão de residências rurais no Reino Unido tenham acesso à internet de pelo menos 10 Mb/s. Porém, o governo decidiu transformar a ideia em serviço universal.
Talvez a oferta da BT pudesse acelerar a implementação da infraestrutura necessária para uma cobertura mais ampla. Mas, provavelmente, o governo viu na sugestão uma tentativa da operadora de evitar a aprovação do projeto: “agradecemos a BT por sua proposta, mas decidimos que apenas uma abordagem regulatória fará a banda larga de alta velocidade ser uma realidade para todos no Reino Unido”. O próprio governo explica que a regulamentação traz diversas vantagens, como possibilidade de exigir que a velocidade mínima aumente com o tempo, garantia de implementação de infraestrutura em lugares afastados e mais controle sobre tarifas. Espera-se que a lei seja aprovada no início de 2018 e leve, no máximo, dois anos para a velocidade mínima passar a valer. Não deve ser uma meta tão difícil de bater: atualmente, cerca de 95% das residências e empresas no Reino Unido contam com conexões de 24 Mb/s ou mais. Com informações: Engadget