Cannabis pode movimentar R$ 26,1 bilhões no Brasil até 2025 com regulamentaçãoConheça a história da maior plantação legal de cannabis medicinal do Brasil
“Apesar de sua utilização com fins medicinais há milhares de anos, ainda existe importante lacuna científica sobre as potencialidades, mecanismos de ação e efeitos do uso de Cannabis sp. no organismo humano”, explica a Anvisa, em comunicado. Com as novas pesquisas autorizadas, o nível de entendimento de quais indicações da planta são benéficas (ou não) deve melhorar significativamente. Vale lembrar que, embora esta seja a primeira plantação autorizada pela Anvisa, o Brasil já conta com outros centros de cultivo, como a plantação da associação sem fins lucrativos Abrace Esperança. Por meio da organização, a planta cultivada é usada, em sua maioria, no tratamento de pacientes com autismo, epilepsia e alzheimer.
O que a UFRN vai estudar com a plantação de cannabis recém-autorizada?
Com a autorização inédita da Anvisa, o Instituto do Cérebro (ICe), da UFRN, conduzirá pesquisas pré-clinicas para avaliar a eficácia e a segurança de combinações de fitocanabinóides, como o canabidiol (CBD), no tratamento de distúrbios neurológicos e psiquiátricos. Hoje, a epilepsia refratária é uma das doenças em que mais se conhece as potencialidades do CBD, e mesmo assim o conhecimento é restrito. “Pouco se sabe sobre o efeito dos fitocanabinoides sobre outros tipos de epilepsias, bem como o potencial de outros fitocanabinoides, como o CBN e o CBG, que não possuem propriedades psicoativas, sobre a excitabilidade neuronal e a frequência de crises”, afirma Claudio Queiroz, professor do ICe, em comunicado. Segundo o reitor da universidade federal, José Daniel Diniz Melo, a decisão da Anvisa “representa um passo importante para o avanço das pesquisas desenvolvidas na Ufrn e um marco histórico para a ciência brasileira”. Isso porque, a partir de agora, os estudos com a planta poderão testar concentrações e proporções controladas. Este nível de precisão é fundamental quando se pensa no uso medicinal. Fonte: Anvisa e Ufrn