De acordo com a Agência Brasil, quando um criminoso for detectado pelas câmeras, o sistema de reconhecimento facial emitirá um alerta silencioso para as autoridades mais próximas, que poderão monitorar o indivíduo e prendê-lo com segurança, “talvez mesmo sem disparar um tiro”.
Um sistema de reconhecimento facial já existe no Rio há um ano e meio, de acordo com o chefe de operações da subsidiária da Staff of Technology Solutions, Matheus Torres. No entanto, as câmeras de segurança atuais são de circuito fechado, posicionadas em locais mais altos e distantes, o que dificulta a identificação de pessoas. Ainda assim, câmeras instaladas em três shoppings da capital fluminense já surtiram efeito, com base em um banco de dados de bandidos fornecido pelo Disque Denúncia. Segundo Torres, um traficante foi reconhecido e preso recentemente pelas autoridades de segurança do Rio, sem oferecer resistência.
Tecnologia britânica tem baixa precisão e é alvo de polêmicas
A notícia chega no mesmo momento em que a polícia do Reino Unido realiza um teste com câmeras de reconhecimento facial para detectar criminosos. Por lá, objetivo é descobrir fugitivos entre a população que lota as ruas de Londres para as compras de Natal e Ano Novo. No entanto, a tecnologia sofre protestos da população britânica, que acredita que ela “representa uma ameaça à privacidade, liberdade de expressão e direito de associação”, e traz o risco de discriminar pessoas por raça e gênero, especialmente negros e mulheres. Além disso, 98% dos criminosos detectados são falsos positivos, de acordo com dados divulgados pela polícia. A China também utiliza reconhecimento facial, com um sistema mais poderoso, composto por 170 milhões de câmeras espalhadas pelo país, contra 30 mil no Reino Unido. Testes demonstraram a tecnologia localizando uma pessoa nas ruas chinesas em apenas sete minutos.