O Twitter diz ao jornal O Globo que não vai vender publicidade eleitoral durante a campanha. “No Brasil, nossas políticas de anúncios não vão permitir a veiculação de propaganda eleitoral paga”, explica a empresa. O motivo é que, para atender as exigências do TSE, o Twitter precisaria desenvolver novas ferramentas.

Somente candidatos, partidos e coligações poderão fazer propaganda paga, devendo informar sua identidade eletrônica à Justiça Eleitoral. Você pode denunciar qualquer irregularidade ao Ministério Público Federal, pelo site ou por telefone. Perfis falsos estão proibidos de impulsionar conteúdo eleitoral nas redes, bem como páginas ligadas a empresas e a órgãos da administração pública. A propaganda eleitoral estará liberada a partir de 16 de agosto. Mas segundo o ministro do TSE, Admar Gonzaga Neto, os candidatos podem impulsionar posts agora mesmo — desde que não peçam votos. Dessa forma, Facebook, Instagram e Google já podem exibir anúncios políticos no feed de notícias e nas buscas. Isso segue o mesmo esquema de leilão virtual usado para levar propagandas direcionadas até você. Basicamente, o candidato escolhe para quais usuários direcionar seu anúncio — de acordo com gênero, idade, localização e preferências — e disputa espaço com outros anunciantes através de um leilão, definindo um orçamento máximo para tanto.

Não existe um teto de gastos para as redes sociais. Fábio Malini, pesquisador de redes sociais e comunicação política na UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), diz ao Globo que isso pode causar “abuso tecnológico” por políticos com mais recursos. Mas, para o ministro do TSE, bastará respeitar o limite total de gastos previsto em lei. “Na hora que se impulsiona tem que ter o CNPJ da campanha, e isso depois pode ser solicitado às plataformas… e se confere se está dentro dos limites que estão na lei”, diz Gonzaga Neto ao Globo. Há também o risco de que bots e perfis falsos impulsionem posts de conotação política, mas não necessariamente eleitoral, driblando as regras do TSE. Em comunicado ao Tecnoblog, o Twitter diz: O Twitter Brasil informa que suas políticas de anúncios não permitirão a veiculação de propaganda eleitoral paga na plataforma durante a campanha de 2018 no país. A legislação eleitoral brasileira estabelece determinadas obrigações relacionadas a transparência por parte de candidatos, partidos e coligações que fizerem propaganda eleitoral paga na internet. Diante disso, o Twitter decidiu iniciar a venda deste tipo de publicidade somente quando as ferramentas apropriadas para facilitar essa transparência estejam disponíveis na plataforma.

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