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Essa seria uma maneira de eliminar fakes e combater o roubo de identidade. Isso será feito sem aviso prévio e de modo generalizado, como reforçado por Musk em um tuíte. Nenhuma conta que se passe por outra poderá se inscrever no Blue, nem obter o selo — quem já tiver e tentar se passar por outra pessoa perderá a marcação.
Por outro lado, alguns segmentos sociais se sentem ameaçados pela mudança. Humoristas, por exemplo, poderiam ser banidos ao se fantasiar de celebridades? E quem ganha dinheiro sendo sósia, também seria punido? A comediante Kathy Griffin foi banida da plataforma recentemente por ter usado o nome a imagem de Elon Musk na sua própria conta verificada. Outras contas de humoristas que fingem ser Musk também foram punidas recentemente, como o também comediante Jeph Jacques, que usava o nome do bilionário no perfil.
Selo azul pago
A medida chega logo após a rede do passarinho começar a vender o selo azul como parte do programa Twitter Blue. Embora atualmente haja critérios objetivos, a verificação nunca deixou de ter algum toque de subjetividade — pessoas com as mesmas características tinham respostas diferentes à submissão. O Twitter já tinha uma regra que proibia qualquer usuário de se “passar por indivíduos, grupos ou organizações para enganar ou confundir”. Também não era permitido usar identidade falsa que causasse qualquer tipo de dúvida nas pessoas. Contas de paródia precisavam deixar isso claro na bio para não serem banidos — mas agora parece que nem isso será permitido. Mesmo nos casos de punição aos “falsários”, a penalidade em geral era uma suspensão temporária. O banimento permanente no Twitter só ocorria em casos de descumprimentos reiterados ou em situações graves, como violação das leis de países ou envolvimento com atividades criminosas. Musk garantiu que não “desbanirá” ninguém até estabelecer um critério claro.
Twitter apresenta queda de anunciantes
A rede social do passarinho passa por um momento delicado nos últimos dias, desde quando Musk assumiu as rédeas. Os principais executivos globais da empresa foram demitidos e houve uma ameaça de corte de até 75% dos funcionários, o que foi descartado pelo CEO da Tesla depois. Mesmo assim, na sexta-feira (4), milhares de funcionários dos escritórios do Twitter foram demitidos, inclusive no Brasil. Por aqui, a equipe que tinha mais de 120 funcionários ficou com apenas 30, o que impactou em diversas áreas do serviço, como a moderação de conteúdo. Agora, retrocedeu e pediu para alguns trabalhadores retornarem devido ao problema. Além disso, a plataforma passa por uma crise financeira com a queda no ganho proveniente dos anunciantes, os quais não querem colocar dinheiro em uma rede social que permita discursos de ódio, racismo, fake news, antivax e outros movimentos sociais condenáveis. Para tentar contornar o problema, o executivo já planeja lançar DMs pagas para perfis VIPs, tuítes patrocinados e um paywall para criadores venderem seus vídeos — e o Twitter ganhar uma parte do valor.